30 anos de "Somewhere in Time", 20 da compilação "Best of the Beast", 10 de "A Matter of Life and Death" e do DVD "Death on th Road"

25-07-2016 08:24

 

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Este ano, comemoram-se 4 datas especiais na história da formação, isto no respeitante à sua discografia: "Somewhere in Time" completa 30 anos de existência; a compilação "Best of the Beast", 20; o álbum "A Matter of Life and Death" e o DVD "Death on the Road", 10 cada. E começo pelo 6º álbum de estúdio: 

 

 

"SOMEWHERE IN TIME":

 

Sucessor do muito aclamado "Powerslave" e depois da longa e desgastante digressão "World Slavery Tour", foi gravado em 2 estúdios diferentes de outros tantos países, nomeadamente o Compass Point Studios em Nassau, nas Bahamas e no Wisseloord Studios em Hilversum, na Holanda, sendo que as misturas finais tiveram lugar em Nova Iorque. Produzido por Martin Birch, foi lançado no dia 29 de Setembro de 1986 pela EMI na Europa, pela Capitol na América do Norte e relançado pela Sanctuary/Columbia Records nos Estados Unidos em 1998. Este registo marcou uma mudança de rumo na sonoridade do grupo: foi o 1º álbum em que a banda usou sintetizadores de guitarra. Foi um dos seus registos mais dispendiosos, no entanto, é também um dos seus melhores álbuns. Foram extraídos 2 singles: "Wasted Years" e "Stranger in a Strange Land". O desenho de capa pertence a Derek Riggs.

Embora o conceito espaço/tempo esteja presente nalgumas composições, Steve Harris recusou embarcar num álbum conceptual, sendo sua intenção escrever apenas alguns tempos relacionados com o assunto "tempo", como acabou por suceder e se reflecte nas faixas "Caught Somewhere in Time", "Wasted Years", "Heaven Can Wait" e "Dejá Vu". Os 8 temas que compõem o registo e que prolongam o álbum durante 51 minutos e 18 segundos, fazem-no encerrar em grande estilo com um tema de história universal: "Alexander the Great". Note-se que a reedição de 1985 conta com um CD bónus com 4 faixas.

"Somewhere in Time" conquistou 2 Discos de Platina no Canadá e um nos Estados Unidos e 3 Discos de Ouro: 1 no Brasil, 1 na Alemanha e outro no Reino Unido. Foi 1º classificado na Finlândia; 3º no Reino Unido; 5º na Nova Zelândia; 6º na Suécia, 8º na Noruega e Alemanha; 10º na Austria e 11º nos Estados Unidos. 

A digressão deste álbum, "Somewhere on Tour", teve honras de passagem por cá, nomeadamente no Pavilhão Dramático de Cascais no dia 05 de Dezembro de 1986.

 

 

"BEST OF THE BEAST":

 

Esta foi a 1ª compilação oficial de Iron Maiden. Lançada no dia 23 de Setembro de 1996, abarca os 17 anos da história da formação na altura, desde 1979 até 1996. Foi editdo pela EMI e produzido por Martin Birch, Nigel Green, Steve Harris, Iron Maiden e Will Malone. Praticamente, todos os 10 álbuns de estúdio são aqui representados, bem como os registos ao vivo "Live After Death" e "A Real Live One". Este álbum foi lançado em 3 formatos diferentes: CD simples, CD duplo e Vynil quadrúplo.

Apresenta um tema novo que seria lançado como single de apresentação e gravado com o vocalista da altura Blaze Bayley, "Virus" e uma versão inédita ao vivo de "Afraid to shoot Strangers", igualmente interpretada por Blaze durante a digressão "The XFactour" e o tesouro mais precioso: duas faixas presentes no EP "Soundhouse Tapes", um primeiro esboço do que viriam a ser os temas "Strange World" e "Iron Maiden".

Actualmente, esta compilação já não é impressa, tendo sido substituída em muitos países por "Edward the Great", como uma espécie de "O Melhor De". O desenho da capa é da autoria de Derek Riggs, o qual junta a personagem Eddie de várias épocas.

Esta colectânea conquistou o Certificado Platina na Argentina e Suécia e 3 Certificados Ouro: 1 no Brasil, 1 na Finlândia e outro no Reino Unido. Foi 8º classificado na Finlândia; 11º na Suécia e 16º no Reino Unido. Realce também para o 3º lugar alcançado por "Virus" na Finlândia.

 

 

"A MATTER OF LIFE AND DEATH":

 

O 14º álbum de estúdio e sucessor de "Dance of Death" foi lançado no dia 28 de Agosto de 2006, gravado no Sarm West Studios, em Londres, Inglaterra, distribuido pela EMI/Sanctuary e produzido por Kevin Shirley e Steve Harris. Inicialmente foi lançado em CD simples, sendo posteriormente editado com um DVD anexo em edição limitada. Não sendo um álbum conceptual, a guerra e religião são temas recorrentes no disco. Durante os 71 minutos e 53 segundos que se estendem pelas 10 faixas do álbum, nota-se um corte radical com a sonoridade típica do grupo: o heavy-metal dá lugar ao rock progressivo. Não é um registo de audição fácil e nas primeiras vezes, até se estranha este novo caminho que os Iron Maiden decidem percorrer, embora seja um género que eu muito aprecio (sou um grande fã de Genesis, um fã de Marillion (especialmente da era Fish embora também goste da era actual, de Steve Hoggarth) e gosto igualmente de Yes, Opeth ou Dream Theather). Todavia, ao fim de meia dúzia de audições, já podemos ter uma opinião algo diferente, se bem que eu considere este registo como o menos conseguido da formação. Inicialmente, não gostei muito; fui gostando um pouco mais com o tempo, no entanto, não se pode dizer que seja um álbum que tenha temas memoráveis ou que mereçam fazer parte da lista de músicas ao vivo. É satisfatório, simplesmente isso. No entanto, até hoje é o único álbum que os Iron Maiden tocaram na integra em espectáculos ao vivo durante a digressão "A Matter of Life and Death World Tour". Foi um álbum muito bem recebido pela crítica especializada, tendo mesmo conquistado o prémio de Melhor Álbum do ano nos Classic Rock and Roll Honour Awards e para além disso, alcançou um grande sucesso em termos comerciais. Deste registo foram extraídos 2 singles: "The Reincarnation of Benjamin Breeg" e "Different World". Conquistou um Disco de Platina na Finlândia e 7 Discos de Ouros, 1 por cada um destes países: Brasil, Canadá, Alemanha, Grécia, Suécia, Suiça e Reino Unido. Alcançou o 1º lugar na Finlândia, Alemanha, Itália, Polónia e Suécia; o 2º na Noruega, Suiça e Canadá; o 4º na Austria, Espanha e Reino Unido; o 5º na França e Irlanda; o 7º na Holanda e na Valónia (Bélgica); o 8º na Dinamarca e Flandres (Bélgica); o 9º nos Estados Unidos; o 11º no nosso País e no Japão; o 12º na Austrália e o 16º na Nova Zelândia.

 

 

"DEATH ON THE ROAD" (DVD):

 

Este DVD foi lançado no dia 06 de Fevereiro de 2006. Inclui 3 discos, com os 2 primeiros a apresentarem o espectáculo com som 5.1 Audio Digital e em Estéreo. O 3º é um disco de extras, que inclui os telediscos de "Wildest Dreams" e "Rainmaker"; os documentários "Death on the Road" e "Life on the Road"; entrevistas aos fãs; galeria de fotos e trabalho artístico e ainda um kit de imprensa eletrónico. A capa foi desenhada por Melvyn Grant. Depois do seu lançamento, a banda recebeu diversas queixas dos fãs devido a um problema de reprodução de voz no disco Estéreo, afirmando que iriam investigar o tal problema. Uma semana depois, a data de lançamento do DVD nos Estados Unidos foi adiada de 21 de Fevereiro de 2006 para 30 de Janeiro de 2007, devido a problemas de produção imprevistos. No nosso país, também se registaram problemas com este DVD, mas no respeitante ao Disco de Extras: era impossível visualizá-lo, devido a um defeito geral do mesmo. Inicialmente, ainda se conseguiam ver os telediscos, mas da vez seguinte, nem isso... Este registo foi recebido com maior pompa que o CD, com a Kerrang! a defini-lo como o futuro grande evento para ter lugares em primeira fila nos espectáculos de Maiden; a Guitarrist deu-lhe a classificação máxima (5 em 5), considerando "pode parecer-vos estranho que actualmente, os Maiden sejam maiores que nunca, mas se têm dúvidas sobre o porquê, a prova está aqui mesmo." Os desempenhos do formato video foram mais bem conseguidos que o formato aúdio: 1º lugar na Finlândia, Noruega e Reino Unido; 2º em Espanha; 3º na Austrália e Itália; 4º na Austria e Flandres (Bélgica); 6º na Hungria; 11º na Holanda e 14º nos Estados Unidos.