30 anos do álbum ao vivo "Live after Death"; 20 do álbum de estúdio "The X Factor"; 10 do álbum ao vivo "Death on the Road" e da compilação "The Essential"

28-06-2015 14:13

 

 
 

2015 é um ano com diversos marcos na discografia de Iron Maiden: os álbuns ao vivo "Live After Death" e "Death on The Road" completam 30 e 10 anos de existência, respectivamente. Uma década de vida igualmente para a compilação "The Essential" e duas décadas para o álbum de estúdio "The X Factor".

 

 

"LIVE AFTER DEATH":

 

"Live after Death" foi o 1º álbum ao vivo de longa duração da banda, mas já tinha havido 2 EP's, "Live+One" e "Maiden Japan" e 1 fita VHS, "Live at the Rainbow", todas elas da era Paul Di'Anno. Este registo, tendo como vocalista principal Bruce Dickinson, foi lançado no dia 14 de Outubro de 1985, pela EMi na Europa e pela Capitol Records nos Estados Unidos, sendo o retrato fiel da digressão do álbum "Powerslave", a famosa "World Slavery Tour", que conheceu 187 espectáculos em 331 dias! Gravado em grande parte na Arena Long Beach (13 faixas), onde a banda actou 4 noites, de 14 a 17 de Março de 1985, todas com lotação esgotada, este tornou-se num objecto de culto para os fãs, sendo, na minha opinião, um dos melhores concertos de sempre da formação. O concerto audio abarca na íntegra, uma dessas noites, sem especificar qual. As últimas 5 faixas foram gravadas durante a mesma digressão, mas no ano anterior e nos dias 8, 9, 10 e 12 de Outubro de 1984, no Hammersmith Odeon, em Londres. O álbum contém material representativo de todos os álbuns de Iron Maiden editados até essa altura, com especial ênfase para o registo "Powerslave", em que metade do mesmo é aqui apresentado, nomeadamente as faixas "Aces High", "2 Minutes to Midnight", "Powerslave" e "Rime of the Ancient Mariner". A introdução "Churchill's Speech" é parte do discurso "We shall fight on the beaches", feita por Winston Churchill na Cãmara dos Comuns no dia 04 de Junho de 1940. Todavia, o discurso original não foi gravado e Churchill tratou de o fazer posteriormente. A recepção por parte da crítica foi extraordinária, tendo a Kerrang! classificado o registo como "possivelmente, o melhor álbum ao vivo de sempre". Chegou ao 2º lugar no Reino Unido; 8º na Suécia e Holanda; 13º na Noruega; 16º na Nova Zelândia e 19º nos Estados Unidos. Alcançou a dupla Platina no Canadá, a Platina nos Estados Unidos e o Ouro na Austria, Suécia e Reino Unido. Deste registo foram extraídos 2 singles: "Running Free" e "Run to the Hills". 9 dias depois, a 23 de Outubro, era editado em fita VHS, mas sem as faixas do Hammersmith Odeon, apenas as dos espectáculos da Arena Long Beach. Realizado por Jim Yukich, foram escolhidas faixas de 2 dessas 4 noites para visualmente deliciar os fãs. Outra nota curiosa é o facto de no álbum em si, este espectáculo encerrar com "Running Free" (das faixas da Arena Long Beach), enquanto no VHS fecha com "Sanctuary", que só seria incluída no formato audio em 1995, num CD bónus com mais 2 faixas para além desta: "Losfer Words (Big 'Orra)" e "Murders in the Rue Morgue".

Este registo foi posteriormente lançado em DVD, como a 2ª parte da história dos Iron Maiden.

 

 

"THE X FACTOR":

 

1995 foi o ano de lançamento do 10º álbum de estúdio, intitulado "The X Factor", que marcou a estreia do vocalista Blaze Bayley (ex-Wofsbane), depois da saída de Bruce Dickinson 2 anos antes. Lançado no dia 02 de Outubro desse ano pela EMI e gravado nos Estúdios Barnyard, em Essex, Inglaterra e produzido por Steve Harris e Nigel Green, teve como particulariedade o facto de a banda ter de adaptar a parte instrumental à voz do vocalista. Inicialmente, foram compostas 14 faixas, mas seriam 11 a ser incluídas no álbum. Uma boa estreia de Blaze como vocalista, com especial destaque para as faixas "Sign of the Cross", "Lord of the Flies", "Man on the Edge" e "Fortunes of War". A sonoridade varia consoante a voz de Blaze vai evoluindo e conhece várias mudanças de ritmo, num som de puro Heavy-Metal, por vezes até medieval. Um bom álbum, sem dúvida. No entanto, a recepção por parte dos fãs foi pouco favorável, tendo até sido noticia na altura que a banda teria perdido popularidade com a chegada de Blaze. Mesmo a crítica não foi nada simpática, arrasando o álbum em si, com excepção de "Sign of the Cross" e "Man on the Edge", chegando a haver quem considerasse que apenas o single de lançamento se safava. O Eddie retratado na capa foi desenhado por Hugh Syme. A digressão "The X Factour" conheceu alguns problemas, tendo algumas datas nos Estados Unidos sido inclusivé anuladas, devido a problemas vocais de Blaze. Os fãs que ainda acompanhavam a formação com Blaze e os conquistados com este vocalista ficaram irados com o seu fraco desempenho ao vivo, pois este esquecia as letras, não alcançava o mesmo tom vocal exibido em estúdio e parecia estar frequentemente sob o efeito do álcool. À parte todos estes problemas, "The X Factor" alcançou o 2º lugar na Finlândia; 5º em Portugal; 4º na Suécia e 8º no Reino Unido e na região da Valónia, na Bélgica. Deste registo, foram extraídos 2 singles, "Man on the Edge" e "Lord of the Flies", tendo o primeiro chegado ao topo na Finlândia.

 

 

"DEATH ON THE ROAD (CD)":

 

"Death on the Road", lançado em 29 de Agosto de 2005 no formato aúdio, era o espelho da digressão do álbum "Dance of Death". CD duplo com um total de 16 faixas, produzido por Steve Harris e Kevin Shirley, foi gravado na Arena de Westfalenhalle, em Dortmund, Alemanha, no dia 24 de Novembro de 2003. Na generalidade, teve uma recepção positiva por parte da crítica, tendo a Kerrang! inclusivé considerado este registo como muito próximo de ser o úlitmo álbum de Iron Maiden ao vivo. Chegou ao 5º lugar na Finlândia; 7º na Suécia; 12º na Noruega; 14º em França; 17º na Alemanha e Suiça e 18º em Espanha. Já o single promocional "The Trooper" chegou ao 1º lugar em Espanha.

 

 

"THE ESSENTIAL":

 

A compilação "The Essential" foi lançada no dia 05 de Julho de 2005, com um total de 27 faixas, divididas em 2 CD's. Com selo da Sanctuary/Columbia, é parte da sére "The Essentials", da Sony Music Entertainment, que abarca diversos artistas e grupos. Foi lançada exclusivamente na América do Norte e apresenta as faixas por ordem cronológica no sentido inverso, ou seja, o último álbum é o primeiro a ser representado, sendo o primeiro o último. Inclui 2 faixas ao vivo (as últimas do CD2), já incluídas noutros registos. Actualmente, esta compilação está descatalogada, devido à venda da Sanctuary Records, agora parte integrante da Universal Music Group.