Um Concerto Fantástico!!! :) :) :)
Quem diria! Eu, um grande fã de Iron Maiden, que até há cerca de 2 semanas e meia atrás não tinha conseguido arranjar bilhete, consegui um no dia do concerto à hora do almoço, na worten de São João da Talha! :) :D Isto deveu-se ao facto de certas agências de espectáculos continuarem a insistir na reserva de bilhetes, depois há quem não os levante e quem quer ir, não vai. :( Vá lá que eu ainda comprei 1 dos 52 bilhetes disponíveis na altura. E só precisava mesmo de um único papelinho mágico para ver a recriação daquela tourné fantástica, daquele que é um dos meus álbuns favoritos dos Iron, "Seventh Son of a Seventh Son"!
A banda de abertura, os Voodoo Six é que não foram do meu agrado. Instrumentalmente, até tinham um som agradável e, aqui e ali, tinha uma ou outra parte de guitarra que soava a Led Zeppelin, mas a voz do vocalista estragava tudo. Isto acontecia quando cantava num tom alto, pq quando cantava num tom baixo, soava melhor. Mesmo assim, do alinhamento apresentado por esta banda de hard-rock, só uma música escapou, conjugando bem a voz com o instrumental. Tocaram cerca de meia hora.
Depois, foi montar o palco para os deuses do Heavy-Metal! :) :D Os ecrãs colocados nas paredes laterais de um Pavilhão Meo Arena, que começava a encher, mostravam a capa da Tourné Maiden England. Enquanto se aguardava que os técnicos montassem o palco e se fizesse o sound-check, as colunas passaram alguns grandes sons: "Burn", de Deep Purple; "Rocket", de Def Leppard ou a mais ovacionada e aplaudida pela multidão, "Iron Man", dos Black Sabbath. Eram 20.30, quando as luzes se apagaram! Pelos ecrãs, passam imagens de icebergues a derreter na água. Era o mote dado para o que estava para vir!:) Foram tocadas 17 faixas: À introdução lírica de "Moonchild", "Seven deadly sins...", já eu estava em êxtase! :) A bateria a cavalgar e a banda a rebentar!: ) Início triunfante e demolidor! A banda agarrou o público logo no imediato! Perante explosões pirotécnicas, Bruce iniciou a sua cavalgada vocal: "I'm he the bornless one...", complementado por Adrian, Steve, Dave, Janick e Nico na parte instrumental. "Can I play with Madness" e "The Prisoner" foram as faixas seguintes, esta última com a particularidade de mostrar nos ecrãs um curto excerto da série que deu nome à faixa, com narração de Patrick Mcgowan. Num show que durou quase 2 horas, os fãs foram ainda contemplados com (sem ser pela ordem das músicas): "Afraid to shoot Strangers", com uma introdução de Bruce sobre as guerras e o porquê de as pessoas se matarem umas às outras; "Fear of the Dark", com a habitual comunhão vocal dos fãs com a banda nos acordes iniciais; "Wasted Years", aqui Bruce pediu ajuda indirecta ao público, revelando uma certa dificuldade em entoar o refrão, pudera tantos anos e concertos sempre num tom elevado deixam as suas marcas; "Phantom of the Opera" , cuja bandeira apresentava o Eddie congelado, como fazendo parte de Seventh son; "The Trooper", com o habitual uniforme de soldado britãnico de Bruce, agitando a bandeira inglesa; "The Number of the Beast", com a bandeira da faixa adaptada ao Eddie de "The Final Frontier", com o público a entoar a entrada da faixa, retirada do Livro do Apocalipse (Revelações, capítulo XIII, versículo 18), como se estivesse a adorar Satanás, de forma uníssona e os efeitos pirotécnicos no auge a cada berro de Bruce; "Run to the Hills", com Eddie a entrar em palco, colocando a multidão em delírio, vestido de soldado de infantaria e com espada a condizer, indo directamente para o lado direito do palco para a habitual "pega" com Janick Gers e ficando por alguns momentos no meio do palco, agitando a espada e sendo admirado pelos fãs; "Seventh Son of a Seventh Son", o grande momento da noite! :) Aqui já eu estava sem voz e no final desta faixa tive de começar a cantar mais baixo, pois a voz do Bruce é demais para mim! :) Um Eddie insuflável ao centro, escriba com um monóculo, a subir lentamente por detrás de Nicko McBrain, enquanto Bruce declamava o nascimento do sétimo filho, ao mesmo tempo que apontava para os candelabros que se acendiam mal apontava para eles. Quando Bruce deixou a voz fluir, foi soberbo, muito aplaudido e as guitarras de Janick Gers, Dave Murray, Adrian Smith, o baixo de Steve Harris e a bateria de Nicko McBrain envolveram toda a plateia num instrumental único, que me fez sentir hipnotizado e que permitiu a Bruce descansar um pouco a voz; "2 minutes to Midnight", com Bruce a puxar pela plateia, com o já celebérrimo "Scream for me... Lisboa", algo que fez em mais de uma faixa, e que é sempre agradável escutar. Ouviram-se igualmente "The Clarvoyant", com a habitual entrada de baixo de Steve Harris e "Iron Maiden", esta última com uma bandeira da contracapa do álbum "Seventh Son..." e 2 Eddies de cada lado do palco, atrás de Nicko, "amordaçados", mumificados e congelados. Mais um grito por Lisboa no início, o dedo em riste de Bruce para o público "Iron Maiden gonna get you no matter how far" e apontando para várias partes da audiência no final, exigindo "I want you...and you...and you...Iron Maiden's gonna get ya...all of you", enquanto Janick Gers rodava a guitarra, a pousava no chão e tocava com os ténis, algo já recorrente em shows da Dama de Ferro. "Thank you and goodnight...from Iron Maiden, from Eddie and from the Boys!" Foi o momento de pausa. Passado pouco tempo e com a multidão a gritar "Maiden, Maiden", chegou o encore. Antes da retirada do grupo por uns instantes, a bandeira de "Aces High" foi posta à vista e, mal dei por ela, disse logo em voz alta a faixa que se seguiria. No regresso, os ecrãs mostravam a figura e o discurso de Winston Churchill às tropas britânicas na II Guerra Mindial, na luta contra o III Reich. Por entre imagens de bombardeamentos e de aviões a cair e navios a afundar, uma fugaz imagem de Hitler, passou pela tela, num cenário que fez lembrar o mítico concerto "Live After Death", que começava desta forma. Depois foi apertar os cintos e seguir viagem com a Donzela de Ferro, entre os fortes tons de Bruce e os complementos instrumentais dos compatriotas e companheiros. "The Evil that men Do" foi a penúltima faixa, outro dos grandes sucessos do grupo, senpre muito desejada de ouvir ao vivo e para terminar, o regresso ás origens, com "Running Free" e durante a habitual jam, Bruce dignou-se a apresentar a banda, mas nessa altura, 2 episódios insólitos tiveram lugar: "on the guitar, Mr. Adrian Smith", mas...onde estava ele? Passados 2 minutos, lá apareceu. Parece ter ido trocar de guitarra. O outro episódio teve lugar quando Bruce apresentou Janick Gers e ouviram-se assobios de vários quadrantes da plateia! :( Isto deveu-se ao facto de Janick ter uma bandeira do Brasil na cintura, o que mexeu com os fãs portugueses e até o próprio Bruce estranhou: "Don't you like the brasilians?" Ouviram-se negas. Bruce respondeu: "Well, we like the brasilians, but tonight, we like the portuguese a little bit more!" Aqui voltaram os aplausos e, do 2º balcão onde estava vi uma bandeira brasileira e uma portuguesa a esvoaçarem na plateia. As pazes estavam feitas, mas eu perguntei-me: como é possível assobiar um músico dos Iron Maiden só por causa de uma bandeira? Gente estúpida, mas enfim... :/ Bruce entoa o refrão com o público 4x, como é da praxe e o tema termina em delirio. Os músicos agradecem e despedem-se. Nicko ainda fica por lá a atirar as suas baquetes para a plateia e 2 ou 3 discos e mostra uma bandeira, que devia ser a portuguesa, pois foi ovacionado, mas as luzes encadearam-me a vista e não me permitiram confirmar tal facto. Apagam-se as luzes e durante alguns momentos, fica a sensação que podiam regressar. Mas, quase 5 minutos depois as luzes acenderam e...fim do espectáculo. Ainda cheguei a gritar 2 ou 3 vezes por "Infinite Dreams", com a banda em palco, mas eles estvam tão longe que não me devem ter ouvido e a minha voz já estava debilitada! :D Faltou também "Hallowed be thy Name", uma habitué dos shows da dama de Ferro, mas este concerto memorável desculpa qualquer faixa obrigatória em falta! :) Para terminar, uma última nota de destaque: já tendo todos ultrapassado a barreira dos 50 anos de idade, é espantoso como os membros do sexteto continuam a demonstrar uma vitalidade e uma energia tão grande em cima de um palco! :) Sempre em movimento durante todo o espectáculo, sempre a puxar pelos fãs! :) :D E Bruce Dickinson, sempre em movimento, a percorrer o palco de uma ponta à outra! :)
Agora, é esperar pelo regresso a terras lusas da melhor banda de Heavy-Metal de sempre!!! :) :D ... E para mais um show memorável como este! :D Foi a 6ª vez que os vi ao vivo: 5x com Bruce Dickison e 1x com Blaze Bayley. IRON MAIDEN RULES!!! :) :D